segunda-feira, 24 de setembro de 2007

É urgente reinventar o destino

PARA TI MULHER

Na história fálica

De guerras e epopeias

De deuses e heróis

Quase sempre olvidada

Muitas vezes vilipendiada

Raramente elogiada

Impura, manhosa, traidora,

Frágil, maldosa, inferior

Tatuagem na pele do tempo

Peia que tolhe o destino

Imaginário que retarda o devir

É preciso semear

Outro modo, outro lugar

Outro jeito de ser e pensar

De madrugadas luminosas

Campo de poesias e utopias

De papoilas multicores

Salpicando planícies de ternura

Primavera anunciada

Por cânticos de rouxinóis

Trinando violinos

Em margens de afectos

E inquietos murmúrios

De águas cristalinas

Nova mensagem

Esperança renovada

Onde a razão e a emoção

Se abracem e exponenciem

E te reveles e reinventes

Na efémera eternidade

De quotidianos partilhados

Por pessoas singulares

Prodigiosas e falíveis.

Anónimo do século XXI

8 de Março de 2007


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